Belinda deu uma entrevista para a revista mexicana Open, onde fala um pouco sobre seu novo álbum. Confira a entrevista completa traduzida pelo SPGBR:
O você nos diz sobre seu novo disco?
Definitivamente, viver cada momento como se fosse o último e desfrutar cada dia; vivê-lo dia a dia. Às vezes, amanhecemos mau e estamos todo o dia assim, e não nos damos conta que pode ser o último dia que estamos aqui. Basicamente é isso, aproveitar e ser feliz.
Como você chega emocionalmente a este disco?
Geralmente sou muito melancólica. Quase sempre escuto música bem lentas, canções muito espirituais. Então, me dá muito trabalho fazer algo diferente disso. Meu disco anterior, que tinha muitas músicas lentas; mudando para esse, decidi ocupar outro momento; principalmente, pelo que está acontecendo no mundo agora. A gente precisa de muito ânimo e música positiva; eu queria fazer isso e me deu muito trabalho, na verdade. Mas ficou muito bom.
Algo em especial despertou em você o desejo de escrever música positiva?
Quando meu avô faleceu. Ele era toureiro há um ano, foi muito forte pra mim. Um toureiro é um artista também, e ele sempre dizia "minha neta é e será uma artista igual a mim". Meus pais o calavam e diziam que eu iria ao colégio como qualquer menina da minha idade, e nada. E ele, teimoso, foi o primeiro que se ligou nisso. E pra mim, sua morte foi muito dolorosa. Então, eu entrei em depressão total e queria cantar de uma maneira triste. Até que, de repente, me dei conta de que meu irmão está crescendo e que é incrível, que tenho uma família, que a vida é bonita e não vale à pena ficar assim. Então, decidi tomar outro rumo na música.
Dá trabalho retomar estas experiências duras e enforcá-las no processo criativo?
Sim, quando morre alguém que eu amo, é muito difícil. E meu avô era muito importante para mim, era como uma inspiração e me motivava muito. Ele me pressionava, de alguma forma. Ele era o que mais acreditava em mim.
Quanto você se envolveu no Carpe Diem?
Tudo. Este disco bem meu, no qual todas as músicas foram escritas por mim. Me entrego completa a todos os meus projetos sempre. Neste também; foi como compor desde o zero, até explorar novos sons. Foi como renascer e voltar a sentir o desejo de fazer algo novo.
O que você gosta de ouvir?
Joy Division é meu grupo favorito; enlouqueço. Adoro Coldplay, Phoenix, Zoé. E de mulheres, Billie Holliday. Edith Piaf, que também foi uma cantora que eu sempre adimirei, porque meu avô era francês também. E adoro Pink também.
Só na mpusica que você é melancólica?
No cinema também, adoro o velhinho, sou muito estranha! As pessoas veem que Belinda é uma artista pop e com certeza me rotulam. Mas não, a verdade é que tenho conhecimento da música. É a isso que me dedico e conheço a música desde Os Beatles até agora. Adoro explorar todas as épocas e etapas da música. Na minha casa se ouvia muito música; meu pai, Pink Floyd. Minha mãe, Madonna. Era incrível.
Alguma vez você já pensou em parar com o cinema?
Bem, olhe que me fizeram proposta para vários filmes e me ofereceram uns quatro ou cinco roteiros; mas tem que chegar um que realmente me motive e que eu goste muito. E, bem, a música é minha vida.
A fama te dá trabalho?
É bastante complicada. Às vezes, sim, adoraria poder estar tranquila e poder ser eu, muitas vezes. Mas é assim. Assim é a minha vida e tenho que vivê-la da melhor maneira possível e, também, o mehor da fama é o público. E quando reconhece seu trabalho, é lindo.
A tecnologia… as redes sociais, não ajudan muito com a fama, eu imagino… talvez houvesse algum anonimato, ou mais do que já existe.
Cada vez mais, o mundo do espetáculo se torna mais difícil. Talvez antes houvesse um pouco mais de respeito e vida privada. Agora dá mais trabalho, mesmo que você vá desfraçada com um chapéu, uma peruca pequena e o cabelo roxo, sempre vão te reconhecer.
Há quem diga que a fama exige sempre algo pra mudar… e você, o que teve que mudar?
O que mais me custou foi deixar de sair e me divertir. Às vezes me dá trabalho, porque as pessoas interpretam mau as situações e ocasiões. Já me dá preguiça, prefiro ficar na minha casa. Quero que as pessoas vivam cada momento como se fosse o último e apoveitem cada dia.
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